A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos
a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa
opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo,
promovendo nossa inserção ao convívio social.
A língua (seja ela qual for) tem
uma uniformidade, um padrão a ser seguido. As mudanças que ocorrem, sejam elas
por qualquer motivo, são chamadas de variações linguísticas.
Essas variações decorrem de três
fatores principais: ÈPOCA DO FALANTE, POSIÇÃO GEOGRÁFICA, GRUPO SOCIAL, que
podem ser chamadas, respectivamente, de variações histórias, variações
geográficas e variações socioculturais.
As variações não acontecem apenas
no vocabulário, ocorrem também, com frequência, nas normas gramaticais e na
fonética das palavras (como por exemplo, o sotaque)
Alguns exemplos de variações linguísticas
são:
Dialeto- língua falada por determinado povo de uma região
Etnoleto- Forma linguística característica de um determinado grupo
étnico.
Socioleto- Língua falada por determinado grupo social
Idioleto- Forma particular de falar do indivíduo.
E dentre os fatores que a ela se
relacionam destacam-se os níveis da fala, que são basicamente dois: O nível de formalidade e o de informalidade.
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita,
restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral. Razão pela qual nunca
escrevemos da mesma maneira que falamos. Este fator foi determinante para a que
a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais.
Quanto ao nível informal, este por sua vez representa o estilo
considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado controvérsias entre os
estudos da língua, uma vez que para a sociedade, aquela pessoa que fala ou
escreve de maneira errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma um
estigma.
Compondo o quadro do padrão
informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais
representam as variações de acordo com as condições sociais, culturais,
regionais e históricas em que é utilizada. Dentre elas destacam-se:
Variações históricas:
Dado o dinamismo que a língua apresenta,
a mesma sofre transformações ao longo do tempo. Um exemplo bastante
representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra
farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem
dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão do vocábulos.
Analisemos, pois, o fragmento
exposto:
Antigamente
“Antigamente, as moças
chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam
anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo
rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses
debaixo do balaio."
Carlos Drummond de Andrade
Comparando-o à modernidade,
percebemos um vocabulário antiquado.
Variações regionais:
São os chamados dialetos, que são
as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. Como exemplo, citamos
a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais
como: macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade estão os sotaques,
ligados às características orais da linguagem.
Variações sociais ou culturais:
Estão diretamente ligadas aos
grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma
determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar
caipira.
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos
grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros.
Os jargões estão relacionados ao profissionalismo,
caracterizando um linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os
médicos, advogados, profissionais da área de informática, dentre outros.
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