“Se” ou não “se”, eis a questão.
Se olharmos para a raiz etimológica do verbo, percebemos que o
pronome reflexivo “se” é totalmente dispensável. O verbo “suicidar-se” vem do
latim sui (“a si” = pronome reflexivo) + cida (= que mata). Isso significa que
“suicidar” já é “matar a si mesmo”.
Então nesse caso, o título da notícia abaixo estaria errado?
Empresário mata mulher e enteado e depois se suicida.
A frase está correta. Se observarmos o uso contemporâneo
deste verbo, não restará dúvida: ninguém diz “ele suicida” ou “eles
suicidaram”. O uso do pronome reflexivo “se” junto ao verbo está mais que
consagrado em nosso idioma. É, na verdade, um pleonasmo (figura de linguagem
que expressa redundância, repetição) irreversível.
O verbo “suicidar-se” faz parte dos chamados verbos
pronominais como verbos “arrepender-se”, “esforçar-se”, “dignar-se”.
Contribuição: http://quemtemmedodeportugues.wordpress.com
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