Morre-se um pouco a cada dia?
São necessárias quantas mortes durante nossa vida?
Lembrei-me da frase de Paulo Leminsk:
”Morrer de vez em quando é a única coisa que me acalma! “
Será?
Mas quantos ensaios para perdermos o que nos é necessário?
Precisamos viver quantos lutos para olharmos para o inexplicável?
Quanta produção para dar conta do inexorável que assola o cotidiano?
Desses devaneios, lembro-me de uma invertida bem humorada e espirituosa de um amigo, um dia desses:
Eu surtava sobre o dramático momento que passava.
Então reclamava da confusão de sentimentos, dos hormônios em conflito, da TPM, do excesso de trabalho.
Enfim…
Ele, do alto de seu 1 m e 60 cm, delicadamente me fez gargalhar dizendo:
“Ana desmaia que logo passa!”
Bastou.
Daí, desataram-se todos meus nós tensos e aflitivos.
Num alto e desenfreado riso só consegui responder:
” É mesmo um mistério a nossa vida. “
“Só desmaiando?”
Depois desse episódio eu parei e refleti:
Meu inconsciente é só isso?
Esse avesso ao meu corpo eu só percebo nas frestas de meus sonhos e alguns outros lapsos?
Ainda prefiro crer que existe um universo inteiro dentro de mim.
Pode não ser nada belo, fantástico e colorido.
Mas é meu!!!
Ana Paula Siewerdt
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