Nós, seres humanos, somos frutos de constantes
transformações vindas de um verbo chamado viver, onde tudo se inicia. Muda-se a
pele, os dentes, os cabelos, a voz, as formas do corpo, mas as maiores
transformações acontecem dentro. Muda-se de pensamento, de raciocínio, de
sentimento, de ideologia, de vida. Somos movidos por vontades e por uma
inconstância no que desejamos, mudamos não pelo acaso ou por que queremos mudar, mas porque fomos feitos assim, com substâncias que vivem em constante ebulição
e nos fazem metamorfoses ambulantes.
Lagarta, casulo, borboleta, processo de transformação
parecido como o nosso, onde acontecem as modificações naturais, que tomam
proporções de casulo, abrigo onde a lagarta viverá por volta de um ano até que
esteja apta a voar e tenha forma de borboleta. Lá dentro elas mudam os tecidos
do corpo, saem do seu lugar seguro e partem para o inesperado, para o que nunca
imaginaram viver mas é um risco que se permitem, é uma aventura que precisa
acontecer para que se mantenham vivas, apesar da insegurança, medo e apreensão
que talvez as penetre.
Assim somos nós quando estamos em nosso casulo, pensamos nos
perigos de fora, que de fato são muitos, mas o pior deles é morrermos
enclausurados no mundo que tecemos. Por mais que não duremos um dia fora do
casulo, devemos amar a liberdade mais do que os acidentes que possam vir e voar
em direção a tudo que nos amedrontam... sendo assim, desbravadores de nós mesmos e
do mundo em busca do que determina nossa essência. Sair do casulo é fortalecer
as asas para quando te roubarem o chão você possa abri-las e voar.
A gente só
aprende a viver, vivendo...
só perde o medo, arriscando...
só aprende a voar, se
jogando...
só dá valor às vitória, provando do amargo de algumas derrotas.
Mexendo com as estruturas, expandimos horizontes.
Disponível em: http://www.sabiaspalavras.com/sair-do-casulo/
(adaptado)
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