segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
PASSAGEM DE ANO: carlos drummond
PASSAGEM DE ANO
(Carlos Drummond de Andrade)
O último dia do ano
Não é o último dia do tempo.
Outros dias virão
E novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida.
Beijarás bocas, rasgarás papéis,
Farás viagens e tantas celebrações
De aniversário, formatura, promoção, glória, doce morte com
sinfonia
E coral,
Que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor,
Os irreparáveis uivos
Do lobo, na solidão.
O último dia do tempo
Não é o último dia de tudo.
Fica sempre uma franja de vida
Onde se sentam dois homens.
Um homem e seu contrário,
Uma mulher e seu pé,
Um corpo e sua memória,
Um olho e seu brilho,
Uma voz e seu eco.
E quem sabe até se Deus…
Recebe com simplicidade este presente do acaso.
Mereceste viver mais um ano.
Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos.
Teu pai morreu, teu avô também.
Em ti mesmo muita coisa, já se expirou, outras espreitam a
morte,
Mas estás vivo. Ainda uma vez estás vivo,
E de copo na mão
Esperas amanhecer.
O recurso de se embriagar.
O recurso da dança e do grito,
O recurso da bola colorida,
O recurso de Kant e da poesia,
Todos eles… e nenhum resolve.
Surge a manhã de um novo ano.
As coisas estão limpas, ordenadas.
O corpo gasto renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.
A boca está comendo vida.
A boca está entupida de vida.
A vida escorre da boca,
Lambuza as mãos, a calçada.
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia.
Como se diz Feliz Ano Novo em vários idiomas
- Albanês - Gëzuar Vitin e Ri
- Alemão - Glückliches neues Jahr (Gutes Neues Jahr)
- Basco - Urte Berri
- Catalão - Feliç Any Nou
- Croata - Sretna Nova godina
- Dinamarquês - Godt Nytår
- Eslovaco - Šťastný Nový Rok
- Espanhol - Feliz Año Nuevo
- Finlandês - Onnellista uutta vuotta
- Francês - Joyeux Nouvel An
- Inglês - Happy New Year
- Italiano - Buon anno
- Neerlandês - Gelukkig Nieuwjaar
- Norueguês - Godt Nyttår
- Romeno - La mulţi ani
- Sueco - Gott Nytt År
- Tcheco - Šťastný Nový Rok
- Turco - Yeni Yılınız Kutlu Olsun

palavra do dia
incólume
(latim incolumis, -e)
adj. 2 g.
1. Que não sofreu nada no perigo;
são e salvo. = ILESO
2. Bem conservado.
Sinónimo Geral: INTACTO
poetizando...
Saudade
De quem é esta saudade
que meus silêncios invade,
que de tão longe me vem?
De quem é esta saudade,
de quem?
Aquelas mãos só carícias,
Aqueles olhos de apelo,
aqueles lábios-desejo...
E estes dedos engelhados,
e este olhar de vã procura,
e esta boca sem um beijo...
De quem é esta saudade
que sinto quando me vejo?
Gilka Machado, in “Velha
poesia”
Pintura:by Vicente Romero Redondo
Mensagem de Ano novo
Vida
Caroline Rayel
De repente,
num instante fugaz,
os fogos de artifício anunciam que o ano novo está presente
e o ano velho ficou
para trás.
De repente, num instante fugaz,
as taças de champanhe se cruzam
e o
vinho francês borbulhante anuncia
que o ano velho se foi
e ano novo chegou.
De
repente,
os olhos se cruzam,
as mãos se entrelaçam
e os seres humanos, num
abraço caloroso,
num só pensamento,
exprimem um só desejo e uma só
aspiração:
PAZ E AMOR.
De repente,
não importa a nação,
não importa
a língua,
não importa a cor,
não importa a origem,
porque todos são humanos
e descendentes de um só Pai,
os homens lembram-se apenas de um só verbo:
amar.
De
repente,
sem mágoa, sem rancor,
sem ódio, os homens cantam uma só canção,
um só
hino, o hino da liberdade.
De repente,
os homens esquecem o passado,
lembram-se do futuro venturoso,
de como é bom
viver.
De repente,
os homens lembram-se da maior dádiva que têm:
a vida.
De
repente,
tudo se transforma e chega o ano radiante
de esperança,
porque só o
homem pode alterar os rumos da vida.
De repente,
o grito de alegria,
pelo novo
ano que aparece.
FELIZ ANO NOVO!
domingo, 30 de dezembro de 2012
8 atitudes desestimulantes dos professores (parte 3)
A falta de afeto, de segurança e de humor podem levar o
aluno a se desinteressar pela escola.
6. Falta de humor
"Um aluno chega atrasado
para a aula. Ao entrar na sala, ainda faz uma gracinha, fingindo ter tropeçado
na carteira do colega. A classe vai abaixo, todos começam a rir". Numa
situação como esta, corriqueira nas escolas, a educadora Neide de Aquino Noffs
agiria da seguinte maneira: "Daria risada junto, mesmo que eu não tivesse
achado lá muito engraçado, esperaria a turma se acalmar e retomaria minha
aula". Por que ela adotaria esse comportamento? "Porque o professor
precisa entrar no universo daquela criança, ou daquele jovem. Precisa lembrar
com que faixa-etária está trabalhando e precisa saber sorrir na diversão do
outro", responde.
Em outras palavras, o educador
precisa dispor de um humor flexível e saber olhar as situações de forma mais
alegre. Do contrário, pode desestimular um aluno a também participar do seu
universo. Ou seja, o professor não participa da brincadeira da criança, então
ela também pode se recusar a participar da aula daquele professor que considera
ranzinza. "Não se pode criar fatores de indisposição para a
aprendizagem", aconselha Neide, também doutora em Didática pela
Universidade de São Paulo.
7. Falta de avaliação
Por menos despreocupado que um
aluno seja a tendência é ele sempre ganhar ânimo quando recebe boas notas. Mas
isso não quer dizer que o professor deve dar uma nota que ele não mereça, só
para estimulá-lo. A função do docente, isso sim, é saber avaliar todo o
processo de aprendizagem, e não querer medir o nível de conhecimento de um
aluno apenas com provas mensais ou bimestrais. Lições de casa, participação em
aula, contribuições trazidas da família para os colegas, todas essas são
situações diversas que podem representar muito e ser somadas ao produto final,
que é a prova. "A prova é uma situação de pressão, que pode gerar a não-aprendizagem,
que é diferente de desconhecimento", explica Neide de Aquino Noffs.
Segundo ela, aplicar sempre um mesmo tipo de avaliação pode, sim, desestimular
o aluno, sobretudo aquele que apresenta um baixo rendimento, não porque não
aprendeu, mas porque se cobra muito na hora da prova, fica nervoso e com medo.
8. Falta de cuidados na hora da
leitura
Que a leitura de livros é
importante na trajetória escolar de um aluno, todo professor provavelmente
concorda. No entanto, apesar de muitos educadores já terem incorporado essa
atividade à rotina escolar, ainda a realizam sem alguns cuidados básicos,
correndo sérios riscos de desestimular leitores que poderiam chegar longe no
encantado universo da literatura. "A escola tem um papel importante na
formação de um leitor, mas o professor precisa considerar certos preceitos
antes de indicar um livro ou fazer a leitura dele em sala", defende Nye
Ribeiro, educadora, jornalista e escritora, com mais de 40 obras publicadas.
O primeiro cuidado está na
escolha da obra, que não deve se basear apenas no seu caráter utilitário
("Ah, esse livro se encaixa no tema que estou trabalhando"). Segundo
Nye, que é também diretora do departamento editorial da Roda & Cia Editora,
o professor tem de observar a qualidade literária, a beleza do texto, a
ilustração, o conteúdo e os valores implícitos nas entrelinhas ("Será que
esse livro tem a ver com o meu projeto de educação, com o ser humano que eu
desejo formar?"). Outra preocupação é providenciar um lugar especial para
a leitura, com livros bonitos e bem escritos, e definir um horário específico
para essa atividade todos os dias. "Uma leitura obrigatória ou mal feita,
realizada por um professor que nem se deu ao trabalho de abrir aquele livro
antes, certamente é capaz de gerar desestímulo nas crianças, que podem acabar
se afastando do livro antes mesmo de descobrir o prazer que eles proporcionam",
conclui Nye.
Fonte:http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/8-comportamentos-desestimulam-alunos-346197.shtml
8 atitudes desestimulantes dos professores (parte 2)
A falta de afeto, de segurança e de humor podem levar o aluno a se desinteressar pela escola.
4. Falta de interação e uso de rótulos
Além dos pais e da direção da
escola, também os alunos estão exigindo mais do desempenho do professor.
"Nada desanima mais um aluno do que um professor que entra na sala,
explica um assunto rapidinho e manda fazer, durante uma ou duas aulas inteiras,
os exercícios da apostila, enquanto ele fica em sua mesa corrigindo cadernos ou
provas de outras turmas", reclama Arthur Henrique Grillo Mori, estudante
de 11 anos do Colégio Professor Carneiro Ribeiro, na zona sul de São Paulo. O
aluno, cujas notas variam entre 7 e 9, gostaria que o professor sugerisse
dinâmicas diferentes, conteúdos novos e, principalmente, que interagisse mais
com a turma. "É cansativo ficar tanto tempo num mesmo tipo de atividade,
aí acabamos conversando com os amigos, e isso irrita a professora".
Pronto, está armada aí uma perigosa situação: aluno fica entediado, começam as
conversas paralelas, professor fica bravo, repreende os alunos e pode
afastá-los para longe dele. "Tem professor que, quando bravo, acaba usando
nossos pontos fracos para dar bronca e isso nos faz perder o respeito por ele,
algumas vezes até sentir ódio", desabafa o jovem Arthur.
Eis aí mais um cuidado ao qual o
docente precisa ficar atento: a linguagem. O professor deve lembrar sempre que
todo julgamento que faz sobre um aluno é rapidamente absorvido. Portanto,
trabalhar com rotulações, mesmo num momento de muita ira, pode desestimular a
criança ou o adolescente em vários aspectos. Segundo a educadora Neide de
Aquino Noffs, o mais comum é ouvir professores dizendo, em situações de
descontrole, "eu não ganho pra isso", "você não tem jeito
mesmo". "E isso é extremamente prejudicial. O docente precisa usar a
linguagem (tanto a oral quanto a escrita) para ajudar o outro, e não para
prejudicá-lo ou colocá-lo pra baixo", defende Neide.
5. Falta de segurança
Professor despreparado seja
porque veio de um Ensino Superior deficiente seja porque não atualizou seus
conhecimentos ao longo de sua carreira tem grandes chances exercer sua prática
com insegurança, e, conseqüentemente, desestimular os alunos. Essa é a opinião
da administradora escolar Heliane Fernandes Rotta, de Piracicaba, SP.
"Entre os alunos sempre existe aquela expectativa de que o docente seja um
‘mestre’ em
sua essência", afirma a educadora. E, se os
alunos percebem que o professor tem pouco domínio dos conteúdos no momento de
transmitir os conhecimentos, possivelmente eles podem perder o encanto e
admiração por aquele profissional.
A insegurança do docente pode
vir, não só da falta de conhecimentos, como da falta de pedagogia. E, neste
caso, até as crianças menores acabam percebendo. "É por intuição, por
observação", acredita Neide de Aquino Noffs, coordenadora do curso de
psicopedagogia e professora da Faculdade de Educação, na PUC-SP.
8 atitudes desestimulantes dos professores (parte I)
Para Simão de Miranda, educador,
mestre em Educação e doutor em Psicologia pela Universidade de Brasília, o
trabalho do professor no combate ao desestímulo é diário. "Ele precisa
investir na sua relação com as crianças, mostrar que gosta de conviver com elas
e de partilhar todos aqueles momentos. Ele deve passar confiança, para que os
alunos dividam seus medos e inseguranças, inclusive aquelas ligadas ao
aprendizado", aconselha Miranda, autor de 20 livros, entre eles
"Professor, Não Deixe a Peteca Cair" e "100 Dicas Para a
Auto-estima do Aluno", ambos pela editora Papirus. A seguir, ele e outros
profissionais da Educação (além de um jovem estudante) apontam comportamentos
do professor que podem desestimular os alunos.
1. Falta de motivação do professor
Simão de Miranda, educador e
psicólogo, acredita que um dos principais geradores de desestímulo nos alunos é
a falta de motivação no próprio professor. "É uma cadeia. O professor
desmotivado não se mobiliza para encontrar iniciativas criativas e inovadoras
dentro do contexto da Educação. Ele espera que as soluções para suas aulas
apareçam prontas, como num toque de mágica, ou venham de autoridades públicas,
sendo que também cabe ao professor buscar novos recursos pedagógicos e
metodologias que estimulem seus alunos em seus aprendizados", opina o
professor Miranda.
Um professor pouco estimulado e
que não acredita no seu potencial de educador produz aquém do que sua
capacidade permite e não aproveita devidamente os recursos que tem em mãos ou
que sua escola oferece. Não raramente, esquece-se de que é uma peça-chave da
sociedade na formação de cidadãos. "O educador precisa crer no valor de
sua profissão, saber que esse ofício vai muito além da missão de passar
conteúdos didáticos. E este pode ser um pensamento promissor para o professor
se sentir mais motivado e conseguir transmitir mais paixão aos alunos,
estimulando-os também", aponta Miranda.
2. Falta de afeto
Poucas relações são tão intensas
quanto a do professor com seus alunos. Eles se encontram diariamente, por um
período ou mais, e permanecem juntos durante todo o ano letivo, realizando uma
série de atividades. No entanto, nem sempre chegam a estreitar laços afetivos,
o que, para o educador e psicólogo Simão de Miranda, pode provocar desestímulo
nos alunos. "Uma convivência diária sem afetividade torna-se intragável
para todos e compromete o interesse dos alunos pelo ambiente, pelas vivências e
pelos conteúdos passados", garante o professor. "Quando há afeto, há
confiança, há respeito, e cria-se um ambiente muito mais propício para o
sucesso do processo de aprendizagem", afirma Simão de Miranda.
Heliane Fernandes Rotta,
administradora escolar do Sesi 085, em Piracicaba, SP, concorda: "Ao longo
de minha trajetória profissional, sempre notei que a motivação do aluno está
intimamente atrelada ao relacionamento interpessoal dele com o professor.
Relacionamento este que deve ser respeitoso, mas não permissivo; firme, mas não
rude, e que, por meio dele, o educador consiga perceber tanto as dificuldades
quanto as potencialidades do aluno, estimulando-o a superá-las ou a
desenvolvê-las."
3. Falta de cuidado com a aparência
Isso mesmo! Para a educadora
Neide de Aquino Noffs, coordenadora do curso de psicopedagogia da PUC-SP e
professora da Faculdade de Educação da mesma instituição, a aparência do
professor faz toda a diferença quando o assunto é despertar o interesse do
aluno ou incentivá-lo a estudar mais. "O aluno está construindo sua
identidade, e o professor é, sem dúvida, uma referência importante. Se ele vai
para a escola com um visual desagradável, usando roupas sujas ou amassadas,
certamente vai desestimular o aluno a interagir e a dialogar com ele",
explica Neide Noffs, que completa: "Não quero dizer que o professor
precisa vestir roupas caras, sofisticadas, formais. Mas precisa estar com uma
aparência boa, leve, e ter uma higiene pessoal impecável, inclusive para
estimular o aluno a também se cuidar."
A leitura...
A leitura, além de um grande prazer, é o caminho para novas
descobertas. Lendo, podemos viajar, aprender e ver o mundo de outra maneira.
Quer dicas de leitura?
Confira http://abr.io/dicas-de-leitura
De olho na imagem!
"A biblioteca é a minha Babilônia. E nela todos os
volumes me interessam. Cada livro que leio – ou releio – me fascina. Mas a
leitura é um hábito. Só a repetição traz o costume, o prazer."
Câmara Cascudo, citado em "O Colecionador de
Crepúsculos".
[Barreto, Anna Maria Cascudo].
Imagem: autor desconhecido
palavra do dia
lassidão
(latim lassitudo, -inis, cansaço)
s. f.
1. Qualidade de lasso.
2. Cansaço, fadiga.
3. Tédio.
Sinónimo Geral: LASSITUDE
poetizando...
No mistério do sem-fim equilibra-se um planeta.
E no planeta
um jardim
e no jardim um canteiro
no canteiro uma violeta
e sobre ela o dia
inteiro
entre o planeta e o sem-fim
a asa de uma borboleta.
Cecília Meireles
pensamento do dia!
"A alma é uma borboleta...
há um instante em que uma voz nos diz
que chegou o momento de uma grande metamorfose..."
Rubem Alves
sábado, 29 de dezembro de 2012
poetizando...
Se, ao acordar, posso escolher uma roupa, posso escolher
também o sentimento que vai vestir meu dia.
Se, no percurso, posso errar o caminho posso também escolher
a paisagem que vai vestir meus olhos.
A mesma articulação que tenho para reclamar, tenho para
agradecer.
E, se posso me adornar com a alegria, não é a tristeza que
eu vou tecer. Que todos os dias sejam meus melhores dias."
Marla de Queiroz
De olho na imagem!
"O homem faz parte da natureza, uma vez que destrói a
natureza, ele está destruindo a si mesmo."
Carpe Diem
Carpe Diem significa “aproveite o momento”.
O termo está em
Latim e foi escrito pelo poeta latino Horácio (65 a.C.-8 a.C.), no Livro I de
“Odes”, em que aconselha a sua amiga Leucone na frase: “...carpe diem, quam
minimum credula postero".
Uma tradução possível para a frase seria “...
colha o dia de
hoje e confie o mínimo possível no amanhã”.
O significado de Carpe Diem é um convite para que se
aproveite o tempo presente, usufruindo os momentos intensamente sem pensar
muito no que o futuro reserva.
Horácio segue a linha do epicurismo e defende que a vida é
breve e a beleza perecível. Sendo a morte a única certeza, o presente deve ser
aproveitado antes que seja tarde.
Carpe Diem é viver o hoje sem preocupações com o amanhã. É
desfrutar a vida e os prazeres do momento em que se vive. Agora, no presente.
No filme “A Sociedade dos Poetas Mortos”, a mensagem de
“carpe diem” é transmitida em determinado momento aos jovens estudantes para
lhes lembrar a brevidade da vida e que, por isso, deveriam vivê-la de forma
extraordinária.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
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